Mais do que nunca, a humanidade está numa encruzilhada. Um caminho leva-nos à desesperança, o outro à destruição total. Rezo para que tenhamos o bom senso de escolher o caminho certo.
Woody Allen
Sábado, 3 de Novembro de 2007
Viva como as flores
Mestre, como faço para não me aborrecer?
Algumas pessoas falam demais, outras são ignorantes. Algumas são indiferentes.Sinto ódio das que são mentirosas e ainda sofro com as que caluniam.
Pois viva como as flores, advertiu o mestre.
Como é viver como as flores? - Perguntou o discípulo
Repare nestas flores, continuou o mestre, apontando para lírios que cresciam no jardim.
Elas nascem no esterco, entretanto são puras e perfumadas.
Extraem do adubo malcheiroso tudo o que lhes é útil e saudável, mas não permitem que o azedume da terra manche o frescor das suas pétalas.
É justo angustiar-se com as próprias culpas, mas não é sábio permitir que os vícios dos outros o importunem.
Os defeitos deles, são deles e não seus. Se não são seus, não há razão para aborrecimento.
Exercite, pois, a virtude de rejeitar todo o mal que vem de fora.
Isso é viver como as flores!!!
sinto-me:
Sexta-feira, 2 de Novembro de 2007
As Mãos
Com mãos se faz a paz se faz a guerra.
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema - e são de terra.
Com mãos se faz a guerra - e são a paz.
*
Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedras estas casas, mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.
*
E cravam-se no tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.
*
De mãos é cada flor, cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade.
Manuel Alegre
sinto-me:
Quinta-feira, 1 de Novembro de 2007
BOM DIA
Pra não dizer que não falei das flores
Geraldo Vandré
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não
Nas escolas nas ruas, campos, construções
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Vem, vamos embora, que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer
Pelos campos há fome em grandes plantações
Pelas ruas marchando indecisos cordões
Ainda fazem da flor seu mais forte refrão
E acreditam nas flores vencendo o canhão
Há soldados armados, amados ou não
Quase todos perdidos de armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam uma antiga lição
De morrer pela pátria e viver sem razão
Nas escolas, nas ruas, campos, construções
Somos todos soldados, armados ou
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não
Os amores na mente, as flores no chão
A certeza na frente, a história na mão
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Aprendendo e ensinando uma nova lição
sinto-me: